Os anos se passam, o mundo se modifica, a sociedade necessita ainda mais de novas tecnologias, acesso à internet, novas interações. No futebol não tem sido diferente. Aos poucos, as emissoras buscam ainda mais recursos para ajudar os seus telespectadores, comentaristas e narradores à analisar as jogadas, enxergar coisas que os árbitros, profissionais mas humanos, não conseguem enxergar.
Tem sido tema recorrente a tal tecnologia no futebol. Este ano mesmo, analisando dois erros que aconteceram em dois clássicos cariocas, as conversas sobre tal tema ficaram ainda mais constantes. No primeiro jogo, o auxiliar não conseguiu enxergar que a bola havia entrado completamente no gol. Lance fácil, até grotesco. Em outro lance, um impedimento claro gerou o gol flamenguista. Seria birra, injustiça ou insistência no assunto?
Se é “birra” do torcedor vascaino, dos outros torcedores que foram prejudicados ou da mesma imprensa, fica a critério de cada leitor. Mas não se pode negar o bem que a tecnologia pode fazer no futebol. Não precisamos fazer dos jogadores algo parecido com um robô, o futebol como algo extremamente frio e calculista. Mas por que não implantar a tecnologia que já é usada na Premier league, no mundial de clubes assim como em outros campeonatos importantes?
Com certeza você já viu um gol não ser validado porque a bola não entrou e o juiz olhou pro seu relógio e confirmou a “visão” tecnológica. Com certeza você também refletiu o quão seria importante se por exemplo, em um campeonato de tamanha grandeza como o brasileiro pudesse desfrutar do mesmo equipamento. Não sei se a discussão é tardia, mas é extremamente válida. Por que não um simples exemplo?
No mundial de 2012, onde o Corinthians foi campeão, no início do jogo o Chelsea fez uma pressão gigantesca e viu a bola parar em cima da linha. Com tantos jogadores, o juiz poderia não enxergar muito bem e acabar validando o gol injustamente. Como a tecnologia estava sendo usada no jogo, o juiz percebeu que seu relógio não informou nada, ou seja, o gol realmente não aconteceu. Imagine então se o mesmo tivesse acontecido no clássico carioca, se mesmo com o erro do bandeirinha, a tecnologia tivesse avisado? Assim como também em outros lances que já ocorreram, em outros campeonatos, até mesmo o que ocorreu no camp. mineiro?
Sim, a discussão é cansativa. A ideia pode parecer extrema. Mas você já se imaginou no lugar do árbitro? Do bandeira? Do auxiliar? Obviamente a cobrança precisa existir. Precisa existir não só nestes senhores como também nas federações, nas pessoas que cuidam da preparação destes profissionais. Mas pelo bem do futebol, pelo bem psicológico dos amigos árbitros, pelo bem das jogadas bem feitas e dos lances legais, dos nossos campeonatos…Por que não?